quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Uma Pequena Reflexão Sobre a ''Teologia'' da Prosperidade




Sola Scriptura!
 Sola Fide!
 Sola gratia!
 Solus christus!
 soli deo gloria!

 Porque as pessoas rejeitam isso? porque as pessoas rejeitam o evangelho? o que são as riquezas perto da grandiosidade de Deus?( resposta: lixo!)

 Porque as pessoas ao invés de quererem Deus que é infinitamente soberano, infinitamente eterno, infinitamente santo, querem bens materiais que daqui a 100 anos não vão mais existi? Eu não entendo esse povo, como podem trocar a glória de Deus por riquezas? Glória a Deus, porque ele nos chama para viver para a glória dele, e não para acumular bens na terra!
 
Não entendo com uma pessoa ao invés de pregar o grandioso evangelho de cristo, a gloriosa mensagem da cruz, pregam riquezas! Como pode alguém trocar uma mensagem sobre algo glorioso como a cruz, por coisas inúteis como bens materiais?

 Deus meus caros é grandioso, Deus meus caros é glorioso. Deus não mandaria o seu filho para morrer para nos dá coisas inúteis como bens! Deus ama os seus eleitos, a promessa dele não pode ser algo que se acaba com o tempo, as promessas de Deus são grandiosas. As promessas de Deus é que corpo e alma, na vida e na morte não pertencemos a nós mesmos, mas á Deus! A promessa de Deus e que ele nos tira na escravidão do pecado e pela sua graça faz com que façamos a única coisa que dá alegria: Viver e morrer para a glória de Deus. A graça de Deus e fazer com que o glorifiquemos, a graça de Deus seria muito pequena se fosse qualquer outra coisa!
  Qual a beleza da salvação? Que a nossa alma será salva? Não! A beleza da salvação é que lá no céu seremos sem pecado, ou seja, glorificaremos Deus perfeitamente!

  Esse estúpido ‘’evangelho’’ pregado hoje em dia não passa de uma medíocre abominação! Não passa de uma coisa inventada na mente de pessoas anti-cristãs! Pregam: ‘’Deus vai te dá isso’’, ‘’Deus vai te dá aquilo’’, ‘’Deus tem um plano maravilhoso na tua vida’’ Meus caros realmente Deus tem um plano na nossa vida, mas esse plano é que não vivarmos, mas para nós, vivamos para Deus! Essa é a melhor coisa que pode acontecer na vida de uma pessoa!

  A ‘’teologia’’ da prosperidade é uma blasfêmia!  Estão blasfemando contra a grandeza e conta o amor de Deus!  Um Deus grandioso como é o SENHOR não pode ficar tão preocupado com nossas riquezas, e como ele é amoroso não pode dá a seus filhos coisas inúteis como riquezas, Deus sendo amoroso  nos dá um presente realmente valioso: viver a eternidade para a sua glória!

 Mas Deus não dá tudo o que pedimos? Sim é verdade, mas os salvos não ficam perdendo tempo pedindo bênçãos materiais, os salvos pedem para Deus que ele conceda a graça de glorificar mais e mais o santo nome de Deus! Os salvos pedem para Deus abençoar os seus estudos para a glória de Deus, os salvos pedem para Deus lhes ajudar numa situação difícil para a glória de Deus, os salvos pedem na oração que a vida deles possam ser para a glória de Deus... Não é pecado ser rico, pecado é ser rico por querer se rico. Grandes servos de Deus foram ricos, mas eles construíram a sua riqueza glorificando a Deus através do estudo e do trabalho ( hj preguiçosos vão a igreja atrás de dinheiro fácil, isso nada mais é do que glorificar a preguiça).  Mas riqueza é só uma coisa que tanto faz ter ou não, o importante é Deus conceder que vivarmos para a sua glória

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

O Papa é o Anticristo!


Traduzido por Rev. Josafá Vasconcelos
“Não há outro Cabeça da Igreja senão o Senhor Jesus Cristo. Em sentido algum pode ser o papa de Roma o cabeça dela, senão que ele é aquele anticristo, aquele homem do pecado e filho da perdição que se exalta na Igreja contra Cristo e contra tudo o que se chama Deus.” CFW.
Como a nossa Confissão de Fé afirma, nós também dizemos que o Papado é o Anticristo. Esta não é uma sugestão, mas uma assertiva. Fazemos a dogmática afirmação de que a instituição como conhecemos de papado, é o Anticristo predito nas Escrituras. Uma afirmação ousada como esta, evidentemente exige alguma evidência. Nesta época confusa, a Igreja de Roma é vista como uma Igreja Cristã por muitos e o Papa o seu cabeça na terra. Nós, entretanto, embora o papado reivindique e sustenta esta posição tão exaltada, de fato isto não representa a realidade. Ao invés de ocupara um lugar de maior importância, na verdade ocupa o mais infame. Afirmamos que enquanto pretende ocupar o lugar de Cristo, na realidade ocupa mesmo é o lugar do diabo. O Papado não tem sua origem no paraíso, mas no inferno. O Papa é o Anticristo.
Em nosso assunto, vamos definir, de forma breve, o que entendemos por Anticristo e Papado. Então, apresentaremos nossas evidências para provar que o Papado é o Anticristo. E finalmente iremos aplicar estas coisas ao tempo presente.
Anticristo
Quando nos referimos ao Anticristo, falamos da figura que está revelada na Escritura como o grande oponente de nosso Senhor Jesus Cristo. O diabo, evidentemente é o maior inimigo de Deus; contudo é um inimigo invisível pertencente ao reino dos principados e potestades. O Anticristo é o grande campeão do diabo neste mundo, um inimigo visível. Ele é feito de carne e sangue. Ele emerge de entre os homens e toma lugar no palco da história. Assim como nosso Salvador tem, na Bíblia muitos títulos que revela seu caráter, assim também o Anticristo tem nomes e títulos que mostra seu caráter amaldiçoado. Ele é o pastor de ídolos, o chifre pequeno, o vil, o homem do pecado, o filho da perdição, o iníquo, a besta e o falso profeta. O título atual de Anticristo, é encontrado em I Jo 02:18 “tendes ouvido que virá o Anticristo”.
Deste texto em João, está claro que estamos lidando com uma figura que no tempo quando o cânon das Escrituras foi completado, tinha aparecido na Palavra, mas não ainda no mundo. Profecias vétero – testamentárias foram cumpridas por eventos acontecidos no Velho e no Novo Testamento. As profecias do Novo Testamento cumprem-se ao longo do período da revelação. Isto significa que, para o nosso entendimento da verdade sobre o Anticristo, nós precisamos estudar o ensino das Escrituras e estudar também os registros da história da igreja e fazer uma correlação entre os dois.
Papado
Quando falamos de papado, estamos nos referindo à instituição que está no ápice da hierarquia Católica Romana. A palavra papa, vem do latim e significa “pai”. Primeiro foi aplicada num sentido geral a todos os sacerdotes, depois aos bispos com um título de honra, e a partir de 604 a.d. ao Bispo de Roma, em particular, com um título indicando que ele era reconhecido como bispo universal. Esse uso, do título “pai”, já nos deveria fazer pensar e lembrar o que Cristo disse, “A ninguém sobre a terra chameis vosso pai; porque só um é vosso Pai, aquele que está nos céus.” (Mat. 23:9)
Há três estágios distintos no desenvolvimento desta surpreendente reivindicação do papado.
A Reivindicação de Soberania Espiritual.
Roma era formalmente a grande cidade pagã onde o imperador agia com Sumo Sacerdote da sua religião. No quarto século este paganismo, havia por muito tempo perseguido a fé cristã, foi, na verdade, sucumbido por ela. O Imperador Constantino, tendo se mudado de Roma para Constantinopla em 334 a.d., estabeleceu o Cristianismo como religião oficial do império. O Bispo de Roma, já instalado com tal, e sem nenhum rival imediato, começou a receber grande honra e status, e sobreviveu intacto a decadência do Império Romano que logo se seguiu. Mesmo ainda sujeito ao poder civil, o Bispo de Roma começou a reivindicar supremacia sobre outros bispos no campo espiritual, ainda que cautelosamente. Gregório I declarou, no fim do século VI, que, qualquer que se intitulasse bispo ou sacerdote universal, seria o precursor do Anticristo.
Foi sucessor de Gregório, Bonifácio III, quem, mais adiante, perseguiu essa ambição. Cinco cidades estavam no Império Romano: Roma, Constantinopla, Antioquia, Alexandria e Jerusalém. Os bispos destas cidades disputavam entre si pela supremacia. Em 607 a.d. o Imperador Focas, concedeu a Bonifácio III, bispo de Roma, o título de cabeça de todas as igrejas cristãs. O Bispo de Roma, agora, passa a ser um Papa. Ele reivindica a universal e ilimitado episcopado. Usando a máscara de pastor, ele sustenta em suas mãos um bordão. Mas este não é, de forma alguma, o fim de suas pretensões.
A Reivindicação de Soberania Temporal.
Longe, da jurisdição papal ter se limitado à jurisdição espiritual. Agora com poderes ilimitados na esfera eclesiástica, o papado começou a interferir cada vez mais na esfera das nações. Este desenvolvimento alcançou seu clímax em 755 a.d., quando o Imperador Pepino, tendo derrotado os Lombardos, no norte da Itália, depositou as chaves dessas no altar de S. Pedro, em Roma. O Bispo de Roma, é agora rei e evoca para si monarquia ilimitada. Deixando cair a máscara de pastor, ela passa a segurar na mão uma espada. Contudo mesmo esse absurdo não é o limite de sua ambição.
A Reivindicação de Soberania Divina.
A jurisdição papal, neste ponto, é espiritual e temporal. Mas o papado não estava contente com isso. Havia ainda outro degrau a galgar: Um que de tão descarado e monstruoso, trememos só de pensar e falar sobre ele. Em 1073 a.d. o Papa Gregório VII, conhecido como Hildebrando, reivindicou ser o representante de Deus, estar acima dos reis do mundo e que seu reinado não era outro senão o reino de Deus. O Bispo de Roma era agora deus. Ele evocou divindade. Ele agora, sustenta nas mãos o cetro do universo. Pense nisto! Um mero homem de carne e sangue, um pobre pecador, reivindicando ser Deus! Já tem sido dito que Gregório VII estabeleceu a teocracia na terra. Insto não é estritamente verdade. Teocracia significa “governo de Deus” Nenhuma nação ou especialmente crente, deveria temer ser governado por Deus, da mesma forma como os judeus o foram, como povo da aliança. O que Gregório instituiu e o papismo é, de fato, é uma eclesiocracia. É o governo por sacerdotes ou clericalismo. É a igreja dominando o estado e tomando o controle da toda a política econômica e social. O Vaticano é uma miniatura do que Roma gostaria de alcançar sobre toda terra. Século após século têm testemunhado o desenvolvimento desse extraordinário propósito. No décimo quarto século Bonifácio declarou: “Aquilo que foi falado a respeito de Cristo, que todas as coisas sejam sujeitas aos seus pés… deve ser dito da mesma forma a meu respeito. Eu tenho a autoridade de Rei dos reis, eu sou tudo em todos e sobre todos, assim que Deus, Ele mesmo e eu, o Vigário de Deus, temos um só consistório (autoridade), e eu sou capaz de fazer quase tudo que Deus pode fazer. O que podem me considerar senão Deus?”
No século XVII (1644) um cardeal se dirigiu ao recém eleito Papa Inocente X “Santíssimo e abençoado Pai, Cabeça da Igreja, Governador do Mundo, a quem as chaves do Reino dos céus foram entregues, a quem os anjos nos céus reverenciam, e a que as portas do inferno temem, a quem todo o mundo adora, nós especialmente veneramos, cultuamos e te adoramos, e nos entregamos com tudo que nos pertence ao teu dispor, paternal e divino.” O que mais poderia ser dito que considere o papa um Deus?
No século XIX, durante o Concílio Vaticano (1870) que pronunciou o dogma de que os papas são infalíveis, proclamou: “O Papa é Cristo em ofício, Cristo em jurisdição e poder… nós nos inclinamos diante de tua voz, ó Piedoso, com diante da voz de Cristo, o Deus da verdade; em nos unirmos a ti, estamos unidos a Cristo”
No século XX (1922) Pio XI declarou: “Vós sabeis que eu sou o Santo Padre, o representante de Deus na terra, o Vigário de Cristo, o que significa que eu sou Deus na terra.”
Quando o papa é coroado hoje, é com estas palavras: “Receba tua Tiara. Adornada com três coroas, e saiba que tu és o pai de Reis e de Príncipes, Governador do Mundo, e Vigário de Cristo na terra, a quem seja honra e glória para sempre”
O papado, portanto é um ofício que tem se desenvolvido ao longo de séculos, aumentando em poder, influência até onde não se pode ir mais. É um ofício que, evidentemente, tem sido ocupado por muitos e diferentes indivíduos. Este é um fato muito importante quando formos observar as Escrituras mais tarde.
Identidade
Agora chegamos ao momento em que vamos provar que o papado é o Anticristo predito nas Escrituras. A Bíblia nos diz que é necessário temos várias testemunhas para que tenhamos sucesso, pois “pela boca de duas ou três testemunhas toda palavra será estabelecida” (2Cor. 13:1) Vamos então considerar três testemunhos:
O Testemunho Histórico
Tem havido muitos e diferentes opiniões sobre a identidade do Anticristo. Ele é tanto um político como um prelado. Ele é tanto um ateu com um apóstata. Ele é tanto um judeu como um gentio.  Ele é tanto um indivíduo com uma dinastia. Ele tanto já veio e já foi, está presente agora e ainda virá. Desses, aqueles que crêem que o Anticristo é um sistema invés de uma pessoa, têm sugerido sua identidade como: Humanismo, Materialismo, Comunismo Internacional, Islã. Daqueles que crêem que o Anticristo é um indivíduo em particular têm sugerido nomes como: O Imperador Nero, Napoleão, Adolf Hitler, Henry Kissinger, Saddam Hussen.
Um ponto de vista, no entanto, tem prevalecido através da história e resistido ao teste do tempo. É a visão de que o papado é o Anticristo. Esta visão, não é sustentada meramente por uns poucos extremistas dos dias atuais, mas tem sido o testemunho de piedosos com estabelece 2Cor. Em todas as eras, como também é sustentado por fontes das mais surpreendentes. Vamos então examinar essas variadas fontes:
Os Pais Apostólicos
  • Tertuliano (155-222a.d.) Comentando 2 Tess. 2:7 e a revelação do Anticristo:
“Que obstáculo há para que o estado Romano divido e fragmentado em dez reinos, introduza o Anticristo em suas próprias ruínas?” (A divisão do Império Romano não havia ainda completado até 476a.d.)
  • Cirilo de Jerusalém (315-386a.d):
“Levantar-se-ão, juntos dez reinos de Roma, reinando em diferentes partes, talvez, mas todos ao mesmo tempo; e após este um décimo primeiro, o Anticristo, que através de suas artes mágicas ocupará o poder de Roma. O papado não somente tomou Roma para se assentar sobre sua autoridade, mas usurpou até o título de “Pontifex Maximus” da Roma pagã para dar ao bispo supremo, o papa.”
  • Jerônimo (347-420a.d):
“Diz o apóstolo Paulo em sua segunda carta aos Tessalonicenses, a menos que o Império Romano seja primeiro desolado, e o anticristo se manifeste, Cristo não virá”
  • Agostinho de Canterbury (540-604a.d.):
“Eu digo, confidencialmente no entanto, aquele que chama a si mesmo Bispo Universal, ou mesmo deseja em seu orgulho ser chamado de tal, é o precursor do anticristo”
Reformadores
  • Lutero (1483-1546a.d) (Numa carta a George Spalatin, um Reformador Alemão e amigo, em 1520):
“Eu estou extremamente aflito em minha mente. Eu não tenho mais dúvida de que o papa é realmente o anticristo. As vidas e as conversas dos papas, suas ações, seus decretos, tudo aponta para a descrição que as Escrituras fazem dele.”
  • Calvino (1509-1564):
“Daniel (Dn 9:27) e Paulo (2Tess. 2:4) predizem que o Anticristo se assentaria no Templo de Deus. Entre nós, é o Pontífice Romano que fazemos líder e representante legítimo deste iníquo e abominável reino.”
  • Thomas Cranmer (1489-1556) (Por ocasião do seu martírio):
“ E quanto ao papa, Eu o abomino como inimigo de Cristo, e anticristo, com todas as suas falsas doutrinas”
  • John Knox (1514-1572): (Ao Deão Annan, um Romanista, em 1547):
“Quanto à sua Igreja Romana, encontra-se corrompida…Eu não tenho mais dúvida, quanto a ela ser Sinagoga de Satanás, e aquele que se intitula cabeça dela, o papa, o homem do pecado de que o apóstolo Paulo falou, do que eu duvido que Jesus Cristo sofreu só para adquirir a igreja visível de Jerusalém” (procurement)
Sucessores
  • Matthew Poole (1624-1679):
“Vou falar ousadamente: ou não há anticristo, ou o bispo de Roma é ele”
  • Matthew Henry (1662-1714):
“O anticristo aqui mencionado é alguém usurpador da autoridade de Deus na Igreja Cristã e que reivindica honra divina; e a quem isto melhor se aplica além do bispo de Roma, a quem os títulos mais blasfemos têm sido dado…?”
  • Patrick Fairbairn ( 1805-1875) ( Ao listar os maiores erros e abusos do papado):
“Tudo isso vai de encontro de forma admirável às condições da profecia de S. Paulo, e sua história e progresso também se encaixam com as admoestações apostólicas sobre seu aparecimento gradual e dissimulado, que onde quer que outro anticristo possa existir, é preciso estar estranhamente influenciado, para não discernir a semelhança que há na apostasia Romana.”
  • Charles H. Spurgeon (1834-1892):
“É responsabilidade e dever de todo cristão orar contra o Anticristo, e o quem seria este anticristo, ninguém em sã consciência ousa questionar. Se não é o papado na Igreja de Roma, não há nada neste mundo que possa ser chamado como tal. Se temos um aviso sobre o Anticristo, deveríamos ter esta igreja em suspeição,… pelo fato de corresponder  tão exatamente à descrição”
Outros
Igreja Ortodoxa (Em conexão com a recente visita do Papa à Grécia):
“Mas nos dias que antecederam a chegada do pontífice à Grécia, a União Clerical Ortodóxa, denunciou o papa como ‘arque-herético’ e o chamou de ‘grotesco monstro de dois chifres de Roma’ ( Rod Dreher, um colunista do New York Post, 08/05/01). Alguns foram até mais além. Do mosteiro em Mont Athos, uma comunidade de monges ortodoxos, penduraram nas paredes do mosteiro uma faixa dizendo: “O Papa é anticristo”
“A trepidação que nós, Gregos Ortodoxos, temos com relação ao papado origina-se dos sérios desvios dessa instituição da Fé Apostólica e seu papel histórico na tentativa de forçar, o mundo cristão Grego, a estes mesmos desvios. O Cardeal croata Stepinac e seu companheiro nazista Ustasha, forçaram a conversão de milhares de ortodoxos sérvios ao catolicismo, massacrando milhares de refugiados. O Cardeal Stepinac foi recentemente beatificado pelo papa João Paulo II”
“O romanista, (Cardeal Manning) “ A Igreja Católica é, ou a obra-prima de Satanás, ou o Reino do Filho de Deus”
 “A ordem sacerdotal é historicamente a essência da Igreja de Roma; se não foi apontada divinamente,então ela é, doutrinariamente, a essência do anticristo” (John Henry Newman)
O Testemunho Confessional
O ponto de vista de que o papa é o anticristo, não é sustentado somente por indivíduos, mas também por igrejas. Ao confeccionar suas confissões de fé, que sevem tanto para teste da ortodoxia, como um testemunho para o mundo, as grandes denominações procuraram incluir uma sessão sobre o papa.
Segunda Confissão Helvética (1536) (Reformada)
Capítulo XVII. “NENHUMA PRIMAZIA NA IGREJA” Cristo, estritamente proibiu seus apóstolos e seus sucessores a ter qualquer primazia e domínio na Igreja. Quem não vê, portanto, que quem quer que contradiga e se oponha a esta verdade clara será contado entre o número daqueles de quem Cristo e os apóstolos profetizaram: Pedro em II Ped. 2, e Paulo em At.20:2; II Cor. 11:2; II Tess. 2, e também em outros lugares?
Artigos de Smalcald (1537) (Luterano)
Este ensino mostra, vigorosamente, que o papa é de fato o Anticristo, que se exalta a si mesmo sobre todos, e se opõe a Cristo, porque não permitirá que cristãos sejam salvos sem o seu poder…dizendo que para uma pessoa ser salva deve obedecer-lho” (Part II, Art. IV)
Trinta e nove artigos (1562) (Anglicano)
  • XIX. “Da Igreja”
“Como a Igreja de Jerusalém, Alexandria, e Antioquia, erraram; também a Igreja de Roma tem errado, não somente em sua vida e forma cerimonial, mas também em matéria de Fé”
  • XXXVII. Do Magistrado Civil
“O Bispo de Roma não tem jurisdição no Reino da Inglaterra”
Artigos Irlandeses (1615) (Episcopal)
80. “O Bispo de Roma é, longe de ser a cabeça da Igreja Universal de Cristo, o que sua doutrina e obras, de fato revelam, que ele é aquele “homem do pecado” predito nas santas Escrituras,  a quem o Senhor há de consumir com o espírito de Sua boca, e abolir com o resplendor de sua vinda”
Confissão de Fé de Westminster (1647) (Presbiteriano)
25.6 “Não há outro cabeça da Igreja senão o Senhor Jesus Cristo: (Col. 1:18; Ef.1:22). Em sentido algum pode ser o papa de Roma o cabeça dela, senão que ele é aquele anticristo, aquele homem do pecado e filho da perdição que se exalta na Igreja contra Cristo e contra tudo o que se chama Deus.” (Mat. 23:8-10; 2 Tess. 2:3,4,8,9; Apoc. 13:8)
Declaração de Fé de Savoy
26.4 “ Não há outro cabeça da Igreja senão o Senhor Jesus Cristo. (Col. 1:18; Ef. 1.22) Nem pode, portanto, o papa de Roma, em nenhum sentido ser o cabeça; Mas ele é aquele Anticristo, aquele homem do pecado, o filho da perdição, que se exalta a si mesmo, na Igreja, contra Cristo e a tudo que se chama Deus, a quém o Senhor destruirá com o resplendor de Sua vinda.” ( Mat. 23:8-10; 2 Tess. 2:3,4,8,9; Apc. 13:6).
Confissão de Fé Londrina (1689) (Batista)
“26.4 O Senhor Jesus Cristo é o cabeça da Igreja, a Quele que, por designação do Pai, todo poder para o chamamento, instituição, ordem ou governo da igreja foi investido de maneira suprema e soberana; (Col. 1:18; Mat. 28: 18-20; Ef. 4:11,12) Nem pode o papa de forma alguma ser o cabeça dela, mas ele é o anticristo, aquele homem do pecado, e filho da perdição, que se exalta a si mesmo, na igreja, contra Cristo e a tudo que se chama Deus; a quem o Senhor destruirá com o resplendor da sua vinda” (O leitor é dirigido à 2 Tess. 2:2-9).
Notas de John Wesley ao Novo Testamento (Metodista)
(2 Tess. 2:3) “o homem do pecado, o filho da perdição…” em muitos aspectos, o papa, tem um indisputável merecimento desses títulos. Ele é, num senso enfático, o homem do pecado, enquanto ele aumenta, de todas as formas, o pecado acima da medida. E ele é, também, propriamente estilizado como o filho da perdição, por causar a morte de inumeráveis multidões, tanto de seus opositores como de seguidores, destruição de inúmeras almas, e ele mesmo irá perecer eternamente. Ele é aquele que se opõe ao imperador, uma vez que reivindica soberania; e que  exalta a si mesmo acima de tudo que se chama Deus, ou é adorado – dominando anjos, e pondo reis aos seu pés, quando ambos são chamados “deuses” nas Escrituras; requerendo o poder supremo, a honra suprema, aceitando, não somente uma vez, o título de Deus ou vice-deus. Na verdade isto está implícito nos seus títulos comns de “Sua Santidade”e “Santíssimo Padre”
Assim, sentado entronizado no templo de Deus – Mencionado em Apc. 11:1, declarando-se a si mesmo ser Deus – reivindicando prerrogativas que pertencem somente a Deus”.
Vamos entender o significado dessas afirmações. As igrejas que subscrevem estas confissões estão dizendo que seus oficiais, não somente: “vocês devem crer nisso” ou “Devemos preferir crer nisso” mas, “ Vocês têm que crer nisso”. Temos ainda que adicionar, que a visão do papado como anticristo, é sustentado não somente por igrejas, em nossa terra, mas também, pelo nosso Estado,(escocês). Isto é frequentemente esquecido. A Confissão de Fé de Westminster, incluindo a sessão do homem da iniqüidade, foi ratificada por um Ato do Parlamento Escocês em 1649. Não temos conhecimento de que esse Ato tenha sido retirado; ele é simplesmente ignorado. Está no Ato de Instalação e no Juramento de Coroação. A despeito de todos os esforços para remover esta legislação, ela ainda está lá em seu lugar.
O Testemunho da Escritura
Saber o que um bom homem crê ajuda. Saber o que as igrejas decidiram crer é útil. Mas no final sempre fica a pergunta: “O que as Escrituras dizem?” Quem é o Anticristo de acordo com a Palavra de Deus?
.A palavra “anticristo” ou “anticristos” ocorre cinco vezes na Bíblia, todas na epístola de João, mas o Anticristo é referido em outra passagem da Escritura. Há tres grandes passagens:
  • Daniel capítulo 7. Lá aprendemos do surgimento do Anticristo.
  • 2 Tessalonicenses capítulo 2. Lá aprendemos sobre o reino do Anticristo.
  • Apocalípse capítulo 13, 17e18. Lá aprendemos sobre a ruína do Anticristo.
A passagem chave é 2 Tess. 2:3-10. Nós podemos nos concentrar nesta passagem, porque, ela é talvez a mais clara. É importante notar, que esta passagem não é somente profética, mas também pastoral. Foi escrita para uma congregação do povo de Deus, que estava perplexa com respeito ao futuro. Foi escrita para instruí-los e ajudá-los com suas dificuldades. Temos de lembrar disto, quando as pessoas dizem que não podemos saber com certeza quem é o homem do pecado! Desta passagem nós podemos notar doze marcas do Anticristo. Iremos nos referir às outras passagens quando for necessário.
Em sua segunda epístola aos tessalonicenses, Paulo está corrigindo um mal entendido com respeito à primeira epístola; nela ele havia afirmado que “o dia do Senhor vem como um ladrão de noite” (1 Tess. 5:2). Ao que parece, alguns o interpretaram como ensinando que o retorno de Cristo seria, não somente de repente, mas também imediato. Portanto, eles começaram a negligenciar seus deveres atuais, até deixando de trabalhar em alguns casos (2 Tess. 3:11). Assim, agora, ele explica que certos eventos devem acontecer antes do retorno do Senhor. Nós iremos examinar este seu ensino aqui, pois ele traz à luz o homem do pecado – o Anticristo.
O Anticristo é uma figura significante
 “isto não acontecerá sem que primeiro venha a apostasia e seja revelado o homem da iniqüidade” V.3
O Anticristo é um grande sinal dos tempos. Não se trata de uma figura de menor importância para apenas um breve período na história da igreja. Sua aparição é digna de nota e de grande significância para a igreja de Cristo nesta dispensação e indica que uma apostasia tem ocorrido. De fato no original grego trata-se da “a apostasia”. O Anticristo surge quando o povo se afasta de Cristo. Tudo nesta passagem indica que esta defecção, liderada pelo homem do pecado, é espiritual e não de outra sorte.
 O romanismo é um sistema personificado em sua cabeça, o Papa. Cada novo papa herda o sistema e é o cabeça do sistema. Esta é a razão porque é propriamente chamado de “papado”. Alguém poderia tirar a Rainha como cabeça do estado Anglicano ou da mesma forma o moderador da Assembléia Geral do Presbiterianismo e ainda assim permaneceria a essência destes sistemas. Mas não é assim com o papado. Você não pode ter papado sem o Papa! Ele resume o sistema Romano.
Bispo Newton escreveu: “Esta imagem e representatividade da Besta é o Papa. Ele é propriamente o ídolo da Igreja. Ele representa em si mesmo, todo o poder da Besta e é a cabeça de toda autoridade, temporal, como também espiritual. Ele não é nada mais do que uma pessoa privada, sem poder e sem autoridade, até que a Besta de dois chifres, ou clero corrompido, o escolha como Papa, dando a ele vida, e o capacita para falar e decretar, e perseguir até a morte, tanto quantos recusam se submeter e adorá-lo. Tão logo é escolhido papa, ele é vestido com os tarjes Pontifícios, é coroado e colocado sobre o altar, e os Cardeais vêm beijar seus pés. Esta cerimônia é chamada de “adoração”.
Deste texto nós vemos o erro do “preterismo”. O preterismo é aquela escola de profecia que vê o livro do Apocalipse, exceto os três últimos capítulos, como descrevendo eventos que ocorreram logo após João ter escrito. O Anticristo então apareceu. Alguns preteristas, crêem, que a predição da vinda do Anticristo, foi cumprida na tirania do Império Romano contra a igreja, outros na rejeição do evangelho pelos judeus e a conseqüente destruição de Jerusalém no ano 70A.D. Este esquema de interpretação, tem sua origem com o Jesuíta Alcazar em 1614. Mas é uma decepção, designada por Roma, para excluir o papado de ser reconhecido e identificado como o Anticristo.
O Anticristo é um Iníquo
“o homem do pecado” v. 3 
O Anticristo é caracterizado pelo pecado. Ele é caracterizado pela desobediência. Ele é “aquele Iníquo” (v.8)
O Anticristo é caracterizado pelo pecado. Ele é o proeminente em desobediência. Ele é aquele “iníquo”(v.8). Ele é o supremo anticristo e ele ultrapassa a todos os outros em impiedade. “Filhinhos é chegada a hora: e como tens ouvido que o anticristo virá, mesmo agora há muitos anticristos; por esta razão sabemos que é chegada a última hora”(I Jo. 2:18)
As doutrinas do papado são doutrinas ímpias. São do tipo das que não  encontramos apoio nas Escrituras e, que muito ao contrário, vão de encontro ao que as Escrituras ensinam. Daniel previu o Anticristo, na forma de “dois chifres”, que aparecerá entre dez outros chifres. O Chifre pequeno é único, pois nele há “olhos como olhos de homem, e boca que fala grandes coisas” (Dan. 7:8). O que ele viu era claramente um homem – o homem do pecado. O pequeno chifre representava um rei e um reino diferente de todos os outros, um que “fala grandes coisas contra o Altíssimo” e que “pensa em mudar tempos e leis” (Dan. 7:25). O Anticristo despreza os santos mandamentos e inventa seus próprios mandamentos pecaminosos. Ele age assim despudoradamente. De acordo com Thomas Manton, o Cardeal Belarmino disse:”que Cristo deu a Pedro e a seus sucessores, o poder de fazer o pecado não ser pecado, e que se o Papa errar em proibir virtudes e ordenar vícios, a Igreja estaria obrigada a crer que os vícios são bons as virtudes más”. Mas a Escritura diz: “Ai dos que ao mal chamam bem e ao bem, mal; que fazem da escuridade luz e da luz escuridade; põem o amargo por doce e o doce por amargo!” (Is. 5:20).
O que Daniel viu obscuramente, Paulo viu claramente: “Ora, o Espírito afirma expressamente que, nos últimos tempos, alguns apostatarão da fé, por obedecerem a espíritos enganadores e a ensinos de demônios; pela hipocrisia dos que falam mentiras e que têm cauterizada a própria consciência, que proíbem o casamento e exigem abstinência de alimentos que Deus criou para serem recebidos, com ações de graças, pelos fieis e por quantos conhecem plenamente a verdade” (1 Tim. 4:1-3), James Begg comenta: “ A descrição do apóstolo abarca, não só a mentira espiritual do papado, que se caracteriza pela primazia neste expediente, como a proibição do casamento no caso das freiras, monges e sacerdotes, contudo, a característica notável do sistema, – é o mandamento de se abster de certas carnes, mas pior que isto, como Mede provou…foi a restauração da adoração demoníaca de heróis do paganismo, na forma da ímpia adoração oferecida à Virgem Maria e aos reais ou supostos santos” (i.e. “prestando atenção aos espíritos sedutores”).
O Anticristo é uma figura repulsiva
 “o filho da perdição” V. 3
O Anticristo é um filho de inferno. Ele emerge das profundezas do inferno (Apc. 11:7). Ele foi tipificado em outra figura identificada como “filho da perdição” – Judas Iscariote (Jô. 13:27). Jesus disse aos seus discípulos: “… não vos escolhi eu em número de doze? Contudo um de vós é o diabo” (Jô 6:70). No relato que João fez da última ceia, nós vemos como Jesus identificou o Seu traidor, dando um bocado molhado a Judas. “Após o bocado, imediatamente entrou nele Satanás. Então disse Jesus: O que pretendes fazer faça-o depressa” (Jô 13:27). Esse foi o ponto sem volta, para este falso amigo de Cristo. “Ele, tendo recebido o bocado, saiu logo. E era noite” (vs.30). Havia trevas sobre Jerusalém e havia trevas sobre a alma de Judas também.
Quando Judas fez o que fez, vendo que Cristo foi condenado à morte, ficou com remorso. Então “se arrependeu”. Reconhecendo a inocência de Cristo, ele disse aos principais sacerdotes e anciãos, “pequei”. Mas indo enforcou-se (Mat. 27:3,4). Não houve verdadeiro arrependimento.  Na verdade, ele não podia se arrepender. Ele havia cometido o pecado do qual João escreve, isto é, o pecado que é para a morte: “Se alguém, vir a ser irmão cometer pecado não para a morte, pedirá e Deus lhe dará vida aos que não pecaram para morte. Há pecado para a morte e por esse não digo que rogue.” (I Jo 5:16). O que é este pecado? É revelado em outro lugar, como sendo pecado conta o Espírito Santo. Jesus disse: “mas, aquele que blasfemar contra o Espírito Santo não tem perdão para sempre, visto que é réu de pecado eterno.” (Marc 3:29). Todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus, mas alguns foram mais longe. Olhando este pecado no seu contexto escriturístico, uma pessoa é culpada de pecado contra o Espírito Santo, quando ele atribui à obra de Deus como sendo obra do diabo. Quando Cristo havia curado um homem cego e surdo, possesso do diabo, os Fariseus disseram: “…Este não expele os demônios senão pelo poder de Belzebu, maioral dos demônios” (Mat. 12:24) Jesus lhes disse: “Se porém eu expulso os demônios, pelo Espírito de Deus, certamente é chegado o Reino de Deus sobre vós” e ainda: “Se alguém proferir alguma palavra contra o Filho do homem ser-lhe-á perdoado; mas se alguém falar contra o Espírito Santo, não lhe será isso perdoado, nem neste mundo nem no porvir.” (vs 32).
Que pecado é esse? É revelado em todo lugar como sendo a blasfêmia contra o Espírito Santo. O papado tem cometido este pecado imperdoável. O papado blasfema contra o Espírito Santo. O papa declara seu anátema contra aqueles que fazem a obra de Deus hoje, pregando o evangelho da graça pelo Espírito Santo que desceu do céu. Ele amaldiçoa quem crê na Justificação pela Fé somente. Assim, o papa, não pode ser salvo – Conhecemos dos sacerdotes Católicos Romanos, alguns que foram salvos – mas que dizer de bispos, cardeais e papas? Parece que, enquanto sacerdotes, podem vir ao reconhecimento de seus pecados, aqueles que fazem homens sacerdotes e conferem a eles seus supostos poderes, estão fora da esfera da misericórdia de Deus.
O Anticristo é uma figura soberba.
“Aquele que se opõe e se exalta acima de tudo o que se chama Deus, ou que é adorado”.
O Anticristo é distinguido pela arrogância. Ele tem o mesmo espírito daquele Diótrefes descrito na terceira Carta de João, que “amava ter a preeminência” (3Jo 9). Sua carreira é caracterizada por uma auto-exaltação que não tem limite. Ele ataca a divindade, especialmente o Senhor Jesus Cristo. Aqui nós vemos o primeiro significado do prefixo “anti” – que significa “contra”. Ao que exatamente o Anticristo é contra? “Quem é o mentiroso, senão aquele que nega que Jesus é o Cristo? Este é o Anticristo, o que nega o Pai e o Filho.” (1Jo 2:22). Contudo o seu ataque ao Todo Poderoso, não é direto. È do mesmo tipo do qual o apóstolo Paulo adverte Tito: “No tocante a Deus professam conhecê-lo, entretanto o negam por suas obras, por isso que são abomináveis, desobedientes e reprovados para toda boa obra” (Tito 1:16).
Roma confessa o grande Credo Ecumênico com sua boca, mas o nega com suas obras, especialmente pelas ações do papa, em cujas mãos o poder e a glória estão concentrados. Quase não há uma doutrina, sequer, que não tenha sido contaminada pelo papado. Em particular, a Pessoa e obra de Jesus Cristo são negadas pelas ações do papa. O papado apresenta Cristo não tanto como Filho de Deus mas, sim, como Filho de Maria. O papado exalta-se a si mesmo acima de Deus, exaltando a Virgem acima de Cristo. O papado a coroou Rainha dos Céus. O Papa Pio IX declarou (1854), que ela foi preservada imaculada, livre do pecado original, uma dignidade que pertence somente a Cristo. O Papa Pio XII, declarou em(1950) que ela acendeu corporalmente ao céu, mais uma vez detratando Cristo. Ela é chamada de Mãe de Deus e a medianeira entre Deus e os homens. Ela é considerada mais compassiva de que seu Filho para com Ele interceder por pobres pecadores. Para o papado, ela é efetivamente uma quarta pessoa na divindade. Pela adoração da Virgem Maria nega-se o Pai, o Filho e o Espírito Santo. O Papa João Paulo II foi bem conhecido pela sua devoção à Maria. Seu moto pessoal era “Totus Tuus” “totalmente Seu”. Para um cristão, isto se aplica a Cristo, mas para o Papa se refere à Maria, não a Cristo. Ele publicamente creditou a ela seu livramento do atentado que sofreu em 1982. Durante sua visita a Endinburgh em 1981, disse o seguinte aos jovens: “Sigam o exemplo da nossa Abençoada Senhora, perfeito modêlo de confiança em Deus e total cooperação ao seu plano divino para a salvação da humanidade…através de Sua intercessão ele (Jesus), transformará a vida de vocês.” Milhões são feitos cegos e iludidos por essa idolatria velada.
O papado não somente exalta-se a si mesmo acima de tudo o que se chama Deus, ou é para ser reverenciado, mas também se opõe a tudo que pertence a Deus. O que pode ser mais precioso para Deus do que Seu povo neste mundo? E qual tem sido a conseqüência para eles quando o poder papal é desenfreado? Opressão, tirania, perseguição e derramamento de sangue. O papado nega a verdadeira liberdade civil religiosa e a Igreja de Roma, tem sido conhecida pela sua crueldade através dos séculos. “A Inquisição Espanhola” é o termo de linguagem que ficou conhecido, para caracterizar as atrocidades e torturas feitas para examinar alguém. O espírito de perseguição do papado esteve em ação desde o tempo em que Roma obteve sua ascendência. A Inquisição, foi formalmente instalada pelo Papa Gregório IX em 1232. O seu objetivo declarado, era manter a supremacia do papado na Europa e suprimir a “heresia” – que obviamente significava qualquer oposição ao papado. O trabalho de prender e julgar os heréticos foi confiado aos inquisidores papais, frequentemente tirados das ordens dos Dominicanos e Franciscanos. Podemos listar alguns dos episódios infames da perseguição Romana: a perseguição dos Valdenses e outros nos vales de Piedmont e Savoy no século XII; o extermínio dos Albigenses no Sul da França durante o século treze; a chacina de milhares de Hussitas na Boêmia em 1421; a Perseguição da Maria Sanguinária (1553-1558), na qual uns 300 homens, puritanos, mulheres e crianças foram martirizadas na Inglaterra por sua fé Protestante, muitos deles queimados; o morticínio de milhares de Protestante na Holanda pelo Duque de Alva em 1567; o Massacre do Dia de São Bartolomeu (1572), no qual 70.000 Protestantes, Uguenotes, foram assassinados na França e após o qual um “Te Deum” ou hino de ação de graças foi cantado em Roma; e o assassinato de milhares de Irlandeses em 1641 durante a insurreição declarada pela Igreja de Roma.  Isto corresponde ao que a Bíblia diz:“E nela se achou o sangue de profetas, de santos, e de todos os que foram mortos sobre a terra.” (Apoc 18:24).
Em teoria a Inquisição acabou em 1820. Mas a perseguição de Roma, não acabou. No ultimo século, durante a Segunda Guerra Mundial, um evento extraordinário aconteceu na Europa despercebido pelo mundo de então. Um novo estado chamado Croácia foi criado do território da Iugoslávia. Os cabeças, Católicos Romanos do estado, em acordo com o Arcebispo Católico Romano, declarou um “converta-se ou morra” entre uma minoria não-católica romana – os Sérvios, Judeus e outros. Hoje, isto seria chamado de “limpeza étnica”. Contudo, neste caso, houve uma diferença. Todos não precisavam morrer. Se tão somente se tornassem Católicos Romanos! 200.000 o fizeram, os outros 700.000 foram mortos da maneira mais selvagem.
É Esta que é chamada de Igreja de Cristo, que segura uma espada de aço ao invés da Espada do Espírito que é a Palavra de Deus? Ainda hoje recebemos notícia vez após vez, através da mídia Cristã, de Protestantes no México e em outros lugares dominados por Roma, sendo atacados e mortos por causa do evangelho e os sacerdotes locais, sempre são coniventes com isto. É só um lembrete do que são poupados os que vivem em Países Protestantes. E é também um aviso, do que pode nos esperar se esse reavivamento de Roma continuar e mais uma vez o papado volte a reinar

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Os Cinco Fundamentos da Educação Contemporânea:


por Francisco Brito

1. Negação da Criação: Isso ocorre principalmente por meio de doutrinação evolucionista. É possível que menos de 99% das pessoas comuns consigam explicar o dogma evolucionista de forma adequada, mas se você não o confessar, estará excomungado da “ekklesia” dos intelectualmente respeitáveis. É de fundamental importância sabermos esse dogma, pois ele é a base dos outros 4 pontos. 

 2. Negação da Providência Ativa de Deus Sobre o Cosmos: Isso ocorre principalmente por meio do dogma do materialismo/naturalismo. É uma conclusão lógica da negação do criacionismo e substituição pela origem em forças caóticas e naturais. Se foi assim em sua origem, assim será para todo o sempre. Tudo o que existe é o mundo material e mesmo que a gente diga que há uma dimensão espiritual, fazemos de conta que não existe principalmente quando vamos estudar as coisas "de verdade". 

 3. Negação da Lei de Deus:   Isso ocorre por meio do dogma do relativismo. É uma conseqüência lógica do primeiro e do segundo ponto. Se não existe criação, nem Deus regendo nada, não existe nenhum padrão moral absoluto sob o qual devamos estar submetidos e por isso temos a autoridade e o poder de mudar o que bem quisermos segundo a nossa própria vontade. 

 4. Negação do Inferno:   Isso está implícito no fato da educação ter como objetivo final o hedonismo, cuja máscara é a soberania do sucesso financeiro. Tudo está voltado para isso. O objetivo sempre foi o de promover o sucesso e a satisfação pessoal, pois já que não há conseqüências eternas e irreversíveis para os meus atos, os meus valores devem ser medidos unicamente pela minha auto-satisfação. 

 5. Negação do Reino Deus como Perspectiva para o Futuro:  O otimismo histórico não existe em torno do estabelecimento do Reino de Deus, mas em torno do estabelecimento do Reino do Humanismo.


Por que as Mulheres não Podem Pregar no Culto Cristão?




Rev. Josafá Vasconcelos
Seria uma decisão radical e machista da nossa Igreja? Qual o fundamento bíblico para agirmos assim? Gostaríamos de iniciar essa série de estudo sobre esse importante assunto, desde o Velho Testamento.
A submissão da mulher compreende dois aspectos, primeiro o natural, conforme sua própria constituição física,“vaso mais fraco” (1Ped 3:7) cuja função estabelecida na estrutura familiar era, “auxiliadora idônea”(Gen 2:20), e “glória do seu marido” (1 Cor 11:7), mas com o advento do pecado, conseqüências drásticas foram impostas ao primeiro casal e à mulher lhe coube as dores do parto e um agravante na submissão: “E à mulher disse: multiplicarei grandemente a dor de tua concepção; em dor darás à luz filhos; e o teu desejo será para o teu marido, e ele te dominará” (Gen 3:16).
Isto não significa em absoluto direito de propriedade, nos moldes escravagista, como atribuem alguns ignorantes chauvinistas, mas sim uma liderança de amor e responsável por parte do marido. Contudo, este princípio de submissão, extrapola os limites do lar e é observado por toda a Escritura. Foi assim com Sara, elogiada pela sua submissão e piedade (1Ped 3:5,6), Rebeca, Raquel, todas se ativeram à sua condição, submissas à liderança espiritual de seus maridos patriarcas, cumprindo sua missão de mãe.
Alguns argumentam de modo contrário lembrando das mulheres que foram profetizas no Velho Testamento e especificamente citam o caso de Débora que julgou Israel no tempo dos juízes. Quanto às profetizas, o ofício não exigia o exercício de autoridade, mas apenas entrega, com fidelidade daquilo que o Senhor dizia por seu intermédio, não era ensino autoritativo, nem interpretativo. Quanto ao caso de Débora, é claro que se tratou do juízo de Deus ao Seu povo num momento de confusão e clara desobediência.”Naqueles dias não havia rei em Israel; e cada um fazia o que parecia bem aos seus olhos” (Juiz 21:25). Débora convocou a Baraque para liderar as milícias do Senhor, este recusou ir só e exigiu a companhia de Débora, que o advertiu: ”certamente irei contigo; porém não será tua a honra desta expedição, pois à mão de uma mulher o Senhor vencerá Sísera” (Juiz 4:9), e de fato coube à Jael a glória da morte do general inimigo. Mas ao final, no seu cântico de vitória, Débora conclama os homens, juízes, líderes naturais das tribos de Israel a reassumirem seus cargos de honra na condução do povo de Deus. É interessante notar que o livro de Juízes, relata a história de um rei que pediu ao seu escudeiro que o matasse a espada, porque havia sido ferido mortalmente na cabeça por uma pedra lançada por uma mulher (Juiz 9:53,54). Tudo isso para mostrar, que era juízo de Deus a liderança de mulheres, ou ser derrotado por elas. No livro do profeta Isaias, este opróbrio é confirmado: “Quanto ao meu povo, crianças são os seus opressores e mulheres dominam sobre eles, Ah! Povo meu!, os que te guiam te enganam e destroem o caminho das tuas veredas” (Isa. 3:12).
Não é propósito de Deus, portanto, que as mulheres exerçam autoridade de homem. Nem estejam à frente no governo quer dos negócios do mundo ou da Igreja. Orar em público, liderar, governar, ensinar homens, são exercícios de autoridade  reservados aos homens. O princípio de submissão que lhe coube por causa do pecado se estende a todos os lugares, inclusive na Igreja. Sobre elas pesa a sentença do Gênesis: “Teu desejo será para o teu marido e ele te governará…”
Tendo visto o que o Velho Testamento ensina a respeito do lugar próprio da mulher nos propósitos de Deus e como é vedado a elas o exercício da autoridade de homem, passamos agora às considerações do assunto no Novo Testamento.
Na primeira carta à Timóteo, no capítulo 2, o apóstolo estabelece como deve ser o  procedimento no culto público de Deus dizendo o seguinte:
“Quero, pois, que os homens orem em todo lugar, levantando mãos santas, sem ira nem contenda.Quero, do mesmo modo, que as mulheres se ataviem com traje decoroso, com modéstia e sobriedade, não com tranças, ou com ouro, ou pérolas, ou vestidos custosos, mas como convém às mulheres que fazem profissão de servir a Deus com boas obras. A mulher aprenda em silêncio com toda a submissão. Pois não permito que a mulher ensine, nem tenha domínio sobre o homem, mas que esteja em silêncio. Porque primeiro foi formado Adão, depois Eva. E Adão não foi  enganado, mas a mulher, sendo enganada, caiu em transgressão; salvar-se-á, todavia, dando à luz filhos, se permanecer com sobriedade na fé, no amor e na santificação.” (I Tim. 2:8-15)
O texto fala por si mesmo, mas algumas pessoas o interpretam usando o argumento cultural: “Paulo diz isso por causa da cultura do seu tempo! Naquela época as mulheres não falavam em público mesmo!” – dizem; contudo, esse tipo de interpretação violenta o texto, porque o próprio apóstolo deixa claro a razão de sua proibição veemente, e esta não é cultural mas teológica! “Porque primeiro foi formado Adão, depois Eva. E Adão não foi enganado, mas a mulher, sendo enganada, caiu em transgressão!” Portando, não é uma questão cultural, mas espiritual.
Na primeira carta do apóstolo aos Coríntios, corrigindo a grande confusão que aquela igreja agia com relação ao culto, no capítulo 11 ele estranha que mulheres se manifestassem no culto para orar em línguas e profetizar sem o uso do véu.
Devemos nos lembrar que profetizar, como faziam também algumas mulheres no V.T., não era um exercício de autoridade, elas não interpretavam nem ensinavam, mas apenas repetiam a palavras inspiradas. Mesmo assim seria um absurdo fazê-lo sem ter sobre si o sinal de submissão, o véu; mas hoje, não temos mais o exercício desses dons de revelação e as mulheres não necessitam mais usar véu, uma vez que não irão mesmo falar em público. Por isso, na mesma carta, no capítulo 14, logo a seguir, tratando do mesmo assunto, ordem no culto, nos versos 34 e 35 ele diz: “As mulheres estejam caladas nas igrejas; porque lhes não é permitido falar; mas estejam submissas como também ordena a lei. E, se querem aprender alguma coisa, perguntem em casa a seus próprios maridos; porque é indecoroso para a mulher o falar na igreja” A razão também nos é revelada, e não é cultural, mas sim espiritual “como também ordena a Lei”, isto é, o Velho Testamento, certamente se referindo ao livro do Gênesis.
E qual seria então as atividades das mulheres na Igreja?
Bem, primeiro, elas devem cantar, participando assim do canto congregacional. Ensinar crianças, como mães, e outras mulheres, como diz o texto:
“As mulheres idosas, semelhantemente, que sejam reverentes no seu viver, não caluniadoras, não dadas a muito vinho, mestras do bem, para que ensinem as mulheres novas a amarem aos seus maridos e filhos, a serem moderadas, castas, operosas donas de casa, bondosas, submissas a seus maridos, para que a palavra de Deus não seja blasfemada. mulheres idosas, semelhantemente, que sejam reverentes no seu viver, não caluniadoras, não dadas a muito vinho, mestras do bem, para que ensinem as mulheres novas a amarem aos seus maridos e filhos, a serem moderadas, castas, operosas donas de casa, bondosas, submissas a seus maridos, para que a palavra de Deus não seja blasfemada.” (Tit 2:3-5)
Além disso, há muito trabalho indispensável na Igreja, que estas santas mulheres podem fazer servindo a Deus. O Senhor Jesus foi servido por elas, de modo a não lhe deixar faltar nada: “Também ali estavam algumas mulheres olhando de longe, entre elas Maria Madalena, Maria, mãe de Tiago o Menor e de José, e Salomé; as quais o seguiam e o serviam quando ele estava na Galiléia; e muitas outras que tinham subido com ele a Jerusalém.” (Mar 15:40-41)
O apóstolo Paulo, em sua saudação final na carta ao Romanos, faz menção de uma tal “Febe”, que alguns pensam ser uma diaconisa da Igreja de Cencréia (ou Corinto), porque ele usa a palavra “serva” que no grego é “diaconon”. No entanto, não há porque concluir isso, uma vez que não há qualquer outro texto para confirmar essa interpretação e o que Paulo está dizendo é tão somente que esta irmã atuava de forma extraordinária na Igreja inclusive lhe sendo muito útil e portanto deveria ser recebida pela Igreja de Roma com deferência:“Recomendo-vos a nossa irmã Febe, que é serva da igreja que está em Cencréia; para que a recebais no Senhor, de um modo digno dos santos, e a ajudeis em qualquer coisa que de vós necessitar; porque ela tem sido o amparo de muitos, e de mim em particular.” (Rom 16:1-2)
As irmãs, devem participar das reuniões de oração da Igreja, onde homens estão presentes, fazendo seus pedidos e acompanhando as orações em silêncio.
O ato de orar em público, é um exercício de autoridade, porque aquele que ora, está elevando toda congregação, até o trono de Deus e intercedendo pela Igreja. Por isso o apóstolo diz: “Quero que os varões orem…”. Isto não impede, que as mulheres tenham suas próprias reuniões de oração e se reúnam, sob a supervisão do Conselho, para interceder pela Igreja, pelos seus maridos, filhos, etc.
Concluo lembrando que as mulheres sempre foram muito ativas e de grande importância na vida da Igreja ao longo de sua história. Sempre agiram, santa e piedosamente, nos bastidores, para prover tudo que fosse necessário, sem reivindicar direito de ofício. Não há na Bíblia qualquer indício de ter havido Apóstola, Bispa, Pastora, Presbítera ou Diaconisa, no entanto, todos nós sabemos que a Igreja não chegaria aonde chegou sem a atuação delas. Deus as têm usado e ainda as usará, dentro dos limites que Ele mesmo ordenou e instituiu na Sua Palavra. Qualquer coisa que passar disso é invenção dos homens, influenciados pela psicologia moderna e pelo feminismo.

terça-feira, 16 de agosto de 2011

O que dizer dos Salmos Imprecatórios?


W. Gary Crampton - O que dizer dos salmos imprecatórios?

O Livro dos Salmos foi apropriadamente descrito por Garry Brantley como um infalível e inerrante “conjunto de canções e orações que cobre uma variedade de temas”[1]. Alguns dos salmos são de adoração: individual (30, 34) e coletiva (66,75); alguns são de peregrinação (120-134); alguns são messiânicos (2, 45, 110); alguns celebram o reinado universal de Deus (47, 93, 99); alguns são orações: de indivíduos (3, 4, 38) e da comunidade (44, 79); alguns são penitenciais (32, 51) e alguns são de imprecação (69, 109). O assunto deste estudo são os salmos imprecatórios.
Salmos imprecatórios, citando Gleason Archer, são aqueles que “contêm apelos a Deus para que derrame sua ira sobre os inimigos do salmista”[2]. Ou, nas palavras de J. A. Motyer, eles são “salmos que contêm passagens que buscam o prejuízo de outrem”[3]. À primeira vista, essas “orações de destruição” podem parecer estar em desacordo com a responsabilidade cristã de amar os inimigos (Mt 5.44). Reflexão adicional, todavia, revelará que esse não é o caso.
Quanto ao número de salmos imprecatórios, há diferentes opiniões. Alguns estudiosos vêm somente três, outros, até vinte. A razão para essa diferença é que há um número de salmos que contém elementos de maledicência. Para este escritor, parece que há, pelo menos, dez desses salmos: 7, 35, 55, 58, 69, 79, 83, 109, 137 e 139.

Diversas visões errôneas
Há várias supostas soluções para os salmos imprecatórios que são inadequadas[4]:

1. A visão liberal ou moralista é que os salmos imprecatórios são meramente as palavras não inspiradas dos autores. Nesse caso, não se deve assumir a vingança de Deus; em vez disso, é a vingança dos escritores falíveis.
Tal teoria, é claro, é inaceitável para aqueles que se firmam no ensinamento bíblico da inspiração divina. “Toda a Escritura”, tanto os escritos do Antigo Testamento quanto os do novo, diz Paulo, “é inspirada por Deus” (2Tm 3.16-17). Assim também, em 2 Samuel 23.1-2, lemos que “o mavioso salmista de Israel” falou pelo “Espírito do SENHOR [...] e a sua palavra está na minha língua”. Além disso, os salmos de imprecação são citados no Novo Testamento por Cristo e outros igualmente inspirados (Jo 2.17; 15.25; At 1.20; Rm 11.9-10; 15.3).

2. A visão dispensacionalista declara que esses salmos devem ser entendidos à luz dos conceitos éticos inferiores do Antigo Testamento, que foi uma dispensação da lei. Esse é agora um sistema ético antiquado. Portanto, os salmos em que encontramos a invocação de justiça, calamidade ou maldição não têm lugar na era de graça do Novo Testamento.
Há vários problemas com essa teoria. Primeiro, o sistema de ética do Antigo Testamento não é antiquado. Nas palavras da Confissão de Fé de Westminster (19.5), a lei moral do Antigo Pacto “obriga para sempre a todos a prestar-lhe obediência, tanto as pessoas justificadas como as outras, e isto não somente quanto à matéria nela contida, mas também pelo respeito à autoridade de Deus, o Criador, que a deu. Cristo, no Evangelho, não desfaz de modo algum esta obrigação, antes a confirma”.
Segundo, simplesmente transferir as orações de imprecação para o Antigo Testamento não resolverá o problema. O Novo Testamento também contém tais orações. Em Mateus 23, por exemplo, Jesus pronuncia “ais” imprecatórios para os escribas e fariseus. Em Gálatas 1.8-9 e 5.12, lemos Paulo “anatematizando” quem quer que pregasse “outro evangelho” além do evangelho apostólico. Em Apocalipse 6.10, os santos martirizados clamam: “Até quando, ó Soberano Senhor, santo e verdadeiro, não julgas, nem vingas o nosso sangue dos que habitam sobre a terra?” E, em Apocalipse 8, nos é dito que são as orações imprecatórias dos santos que trazem o julgamento de Deus contra seus inimigos.

3. Alguns estudiosos, tais como Charles Spurgeon, contendem que esses salmos são de natureza mais profética do que imprecatória[5]. Nessa visão, o salmista não está pedindo a ira de Deus, está meramente a prevendo.
Em resposta a essa contenção, primeiro deve ser notado que verdadeiramente são encontradas nos salmos declarações proféticas a respeito da vingança de Deus. Mas isso não explica a forma imperativa verbal que aparece em vários dos salmos imprecatórios (por exemplo, 55.9; 109.6). Outro problema é que, em algumas das imprecações, como as encontradas em Salmos 137.8-9, a terceira pessoa está sendo usada de tal forma “que o salmista obviamente está expressando satisfação pessoal pelo julgamento de malfeitores e não revelando profeticamente a vingança divina pendente”[6].

4. Uma quarta solução insatisfatória para esses salmos é a afirmação de que devem ser entendidos figurativamente. Isto é, as imprecações não se dirigem aos seres humanos, mas aos inimigos espirituais, tais como tendências pecaminosas, tentações e forças demoníacas. Mas isso é pura fantasia. Não há nada no texto dos salmos que sugira essa solução fantástica. Como disse Bushell, os que “vêem as pessoas condenadas como meras personificações do mal são culpados de exegese fantasiosa e ilegítima”[7].

5. Finalmente, há a teoria de que as maldições não são do salmista, mas de seus inimigos. Essa suposta solução necessita do uso implícito do gerúndio “dizendo” antes das imprecações. Por exemplo, em Salmos 109.6-20, temos a oração imprecatória de Davi. Se adicionamos “dizendo” ao verso 5, então temos as imprecações atribuídas aos inimigos de Davi. No verso 5, leríamos: “Pagaram-me [os inimigos] o bem com o mal; o amor, com ódio, dizendo [...]“. Recorre-se aqui a Salmos 2.2, onde a palavra “dizendo” é implícita pelo contexto. Como apontou Brantley, no entanto, essa solução “é forçada”. Embora “o contexto do salmo 2 indique que o verso três registra os sentimentos daqueles que ‘conspiram’ contra o SENHOR e seu Messias”, o salmo 109 não indica tal coisa. “Além disso, essa solução não explica outras imprecações, nas quais é indicada a pluralidade de inimigos (compare Sl 35.4-7; 58.3-8; 83.11-17)”[8].

6. Adicionalmente, há um “abuso” atual dos salmos imprecatórios, quando igrejas fazem orações maledicentes contra aqueles que deixam essas igrejas específicas ou contra os professores da igreja que pedem auxílio-desemprego. Orar de tal maneira é prestar um desserviço ao ensinamento da Escritura sobre o assunto[9]. Grande cuidado também deve ser aqui tomado pela igreja para não reagir aos terroristas islâmicos declarando “guerra santa” contra aqueles que atacaram os Estados Unidos da América. Uma coisa é atacar a América; outra, completamente diferente, é atacar a igreja de Cristo. Por isso Davi pode, com propriedade, orar contra os inimigos da igreja do Antigo Testamento: “Levanta-te, SENHOR, defronta-os, arrasa-os; livra do ímpio a minha alma com a tua espada, com a tua mão, SENHOR, dos homens mundanos, cujo quinhão é desta vida e cujo ventre tu enches dos teus tesouros; os quais se fartam de filhos e o que lhes sobra deixam aos seus pequeninos” (Sl 17.13-14).

A visão bíblica
Uma visão correta dos salmos imprecatórios reconhece os seguintes princípios bíblicos:

1. Primeiro, como diz o Breve Catecismo de Westminster, na primeira questão, “O fim principal do homem é glorificar a Deus, e gozá-lo para sempre”. Comentando as seções imprecatórias do salmo 69, João Calvino escreve: “Foi um zelo santo pela glória divina que o impeliu a intimar o perverso ao assento do julgamento de Deus”[10]. Sendo esse o caso, os salmistas imprecatórios devem ser vistos como homens que expressaram um ardente desejo de que Deus fosse glorificado. Eles buscavam sinceramente a vindicação do nome de Deus (Sl 9.19-20; 83.16-18). Como o pecado é uma afronta à santidade de Deus, afirma Davi, de forma compatível deve ser julgado.

2. Os autores do Livro dos Salmos tinham completa consciência do fato de que a vingança é uma prerrogativa divina. Em Deuteronômio 32.35, lemos: “A mim me pertence a vingança, a retribuição”. As imprecações devem ser entendidas como orações a Deus e não como as pretendidas ações dos próprios salmistas. Dessa forma, a causa do salmista se identifica com a causa de Deus (Sl 139.19-22)[11]. É, portanto, dever do salmista orar pela derrota dos inimigos de Deus. Johannes Vos disse isso desta maneira:
A total destruição do mal, incluindo a destruição judicial dos homens maus, é a prerrogativa do soberano Deus, e é certo não somente orar pelo cumprimento dessa destruição, mas também assistir sua realização quando comandado a fazê-lo pelo próprio Deus [...] Deus é tanto soberano quanto justo; ele tem o direito inquestionável de destruir todo mal em seu universo; se é certo para Deus planejar e executar essa destruição, então também é certo para os santos orar pelo mesmo[12].
3. Ao contrário da crítica dos céticos, a atitude do salmista não é de vingança. Davi recusa tal noção em Salmos 109.5, onde lemos: “Pagaram-me o bem com o mal; o amor, com ódio”. Em duas ocasiões, quando surgiu uma oportunidade, Davi se recusou a tirar a vida de Saul (2Sm 24 e 26). Além disso, ele até orou por seus inimigos quando eles estiveram em necessidade (Sl 35.12-14). E, em Salmos 83.16-18, lemos que o salmista busca a salvação final do perverso: “Enche-lhes o rosto de ignomínia, para que busquem o teu nome, SENHOR. [...] E reconhecerão que só tu, cujo nome é SENHOR, és o Altíssimo sobre toda a terra”. Todd Ruddel comentou:
As palavras dos salmos devem ser entendidas [...] não como uma expressão de um autor irado ou fulminações de um incendiário, mas como os sentimentos do próprio Deus, os pensamentos do salmista sendo elevados pelo poderoso Espírito de profecia acima da mera vendeta e maldição humana. As expressões do salmista são expressões de Deus. São os pensamentos do coração de Deus[13].
4. Orar as orações imprecatórias é orar pela derrota de Satanás e seus subordinados. Se o reino de Deus deve avançar, de acordo com a Oração do Senhor (que muitos crentes gostam de orar) – “venha o teu reino; faça-se a tua vontade, assim na terra como no céu” (Mt 6.10) -, então o reino do mal deve ser destruído. A glória de Deus necessita a destruição do ímpio. Orações imprecatórias têm esse objetivo. A Oração do Senhor é, ela mesma, uma oração para a derrota do mal.

5. Junto dessa linha de pensamento, os escritores inspirados reconhecem que Deus é a única real defesa do eleito quando ele é assaltado pelo réprobo. Por isso, orar contra os inimigos do salmista é orar por ajuda para o povo de Deus. Em Salmos 7.9-10, por exemplo, lemos: “Cesse a malícia dos ímpios, mas estabelece tu o justo [...] Deus é o meu escudo; ele salva os retos de coração”.

Conclusão
Uma visão bíblica dos salmos imprecatórios não os reconhece como problemáticos. Invocar a punição divina para os inimigos de Deus e de seu povo é orar de acordo com a vontade revelada de Deus. Afinal, esses salmos são uma parte do infalível e inerrante “conjunto de canções e orações que cobre uma variedade de temas”. E ele, sendo tão inspirado quanto o resto da Escritura, é “útil para o ensino, para a repreensão, para a correção, para a educação na justiça, a fim de que o homem de Deus seja perfeito e perfeitamente habilitado para toda boa obra” (2Tm 3.16-17).
Assim sendo, Vos concluiu corretamente:
Em vez de ser influenciado pelo sentimentalismo débil do dia presente, o povo cristão deve perceber que a glória de Deus demanda a destruição do mal [...] portanto, em vez de ter vergonha dos salmos imprecatórios e tentar desculpar-se por eles e minimizá-los, o povo cristão deve se gloriar neles e não hesitar em usá-los no exercício público e privado da adoração[14].
Soli Deo Gloria
NOTAS:
[1] – Brantley, “Prayers of Destruction” em Reason and Revelation(Montgomery: Apologetics Press, volume XII, número 12, dezembro de 1992), 45.
[2] – Gleason L. Archer, A Survey of Old Testament Introduction (Chicago: Moody Press, 1964, 1974), 460. Como veremos, os inimigos do salmista também são inimigos de Deus.
[3] – J. A. Motyer, “Imprecatory Psalm s” em Evangelical Dictionary of Theology, editado por W alter A. Elwell (Grand Rapids: Baker Book House, 1984), 554.
[4] – Michael Bushell, The Songs of Zion (Pittsburgh: Crown & Covenant Publications, 1977), 34-37; Johannes G. Vos, “The Ethical Problem of the Imprecatory Psalms” em The Westminster Theological Journal, editado por Paul Woolley e John Murray (Philadelphia: W estm inster Theological Seminary, november de 1941 a maio de 1943), volumes IV e V, 124-130; Brantley, “Prayers of Destruction”, 46-47. Os escritores listados nesta nota não aderem a essas teorias “inadequadas”; em vez disso, afirmam que elas são “inadequadas”.
[5] – Charles H. Spurgeon, The Treasury of David (Grand Rapids: Guardian Press, 1981), III: 266. C. F. Keil e F. Delitzsch também tomam a posição de que, embora exista um meio pelo qual o santo da Nova Aliança possa cantar os salmos imprecatórios, esses salmos devem ser vistos primariamente como predições (Commentary on the Old Testament, traduzido por James Martin [Grand Rapids: reimpresso em 1980], V: 74-75).
[6] – Brantley, “Prayers of Destruction”, 46.
[7] – Bushell, The Songs of Zion, 35-36.
[8] – Brantley, “Prayers of Destruction”, 46-47.
[9] – Para mais sobre o assunto, veja John Robbins, “The Reconstructionist Road to Rome” em The Trinity Review maio-junho de 1992.
[10] – John Calvin, Commentaries, volumes 1-22 (Grand Rapids: Baker Book House, 1981), Comentário sobre Salmo 69:22.
[11] – Veja Jonathan Edwards, The Works of Jonathan Edwards, volume 18, “The Miscellanies”, 501-832, editado por Ava Chamberlain (New Haven: Yale University Press, 2000), Miscellany 640.
[12] – Vos, “The Ethical Problem of the Imprecatory Psalms”, 135-136.
[13] – Todd Ruddell, “Psallo” em The Confessional Presbyterian, editado por Chris Coldwell (volume 1, 2005), 164.
[14] – Vos, “The Ethical Problem of the Imprecatory Psalms”, 138.
Tradução: Sávio Ornelas